Dreamcast
O Dreamcast foi o último console de videogames da Sega e o sucessor do Sega Saturn. Com o objetivo de recuperar o mercado dos consoles com um sistema de sexta geração, foi criado por forma a bater tecnologicamente o PlayStation da Sony e o Nintendo 64. Era o console mais avançado de sua época e o mais completo de sua geração. Mesmo tendo sido considerado um console que se encontrava "bastante à frente do seu tempo" (foi lançado 15 meses antes do PlayStation 2 e três anos antes do GameCube e do Xbox), ele falhou em ganhar "força" suficiente antes do lançamento do PlayStation 2 em Março de 2000. No entanto, apesar das faltas do console na Europa e na América do Norte, o Dreamcast foi um grande sucesso no Japão.
O desenvolvimento do Dreamcast iniciou-se pela produção de dois projetos diferentes: O projeto Black Belt foi desenvolvido pela Sega americana em conjunto com a 3Dfx, enquanto a Sega Japonesa desenvolveu o projeto Dural em conjunto com a NEC e a Hitachi. No final o projeto Dural acabou sendo escolhido, o que levou o time de desenvolvimento do Black Belt a se desligar da SEGA. Posteriormente, o projeto Dural foi renomeado Katana, até finalmente receber seu nome definitivo: Dreamcast (contração de "dream broadcast", "transmissão de sonhos").
O lançamento do Dreamcast no Japão em 27/11/1998 foi um sucesso, esgotando as 150.000 unidades disponíveis em um único dia. Nos Estados Unidos o Dreamcast bateu o recorde de vendas de todos os consoles até aquela data, com 500.000 unidades só na data de lançamento, em 9/9/1999. No Brasil o aparelho foi lançado pela Tec Toy em outubro de 1999.
Diversas empresas desenvolveram jogos para o Dreamcast. Houve inclusive o apoio da Microsoft, que desenvolveu para o Dreamcast um kit de desenvolvimento baseado no Windows CE, que permitia portar jogos da plataforma PC para o console com mais velocidade e facilidade.

Em abril de 2001 a SEGA anunciou uma mudança de planos, onde estaria desenvolvendo jogos para os outros videogames disponíveis no mercado. Com isso o Dreamcast estava sendo oficialmente descontinuado. Apesar da boa participação no mercado americano e europeu, a forte concorrência do Sony Playstation 2 e os seguidos anos de prejuízo aliado às baixas vendas no mercado japonês ajudaram para que isso acontecesse. Novos consoles possuíam processadores mais potentes e usavam o novo tipo de disco de mídia, o DVD. Nos meses que se seguiram, diversos jogos em desenvolvimento tanto pela SEGA quanto por outras empresas foram cancelados, mas o desenvolvimento de novos jogos ainda acontecem - apesar de raros, e concentrados no mercado japonês. Fortes comunidades de desenvolvimento caseiro para o Dreamcast, utilizando um Kit de desenvolvimento também caseiro, chamado KallistiOS, ainda estão em funcionamento e trabalham em diversos jogos, emuladores e aplicações que dão um sobrevida ao console.
VMU

Visual Memory Unit (VMU), chamado também de Visual Memory System no Japão e na Europa, é o principal cartão de memória da Sega para o console Dreamcast. O dispositivo possui um tela de cristal líquido (LCD), capacidade para jogos em multi-jogador (por vias da sua entrada na parte superior), função de segunda tela, um relógio de tempo real, gerenciador de arquivos, memória flash interna, e capacidade sonora. Antes do lançamento do Dreamcast, uma versão especial da franquia Godzilla, com um jogo de animal de estimação virtual, foi lançado em 30 de Julho de 1998, no Japão.
Por mais que sua função mais básica seja a de ser um dispositivo de armazenamento, o VMU também pode ser utilziado como uma tela auxiliar durante o gameplay e, por vias do uso de programas adicionais (distribuídos como extras nas GD-ROMs do Dreamcast), também funciona como um console portátil. Funções similares a de um console incluem a tela, alto-falantes, um botão direcional, quatro botões de ação, a função de interagir com outros VMUs, e a habilidade de baixar jogos adicionais. A cor padrão do VMU é branca, mas outras cores existem. O Japão recebeu o lançamento de VMUs personalizados pela Sonic Team, Capcom, e Hello Kitty.
Para ser usado como um memory card e segunda tela, o VMU é plugado diretamente em um dos dois slots de um controle do Dreamcast (duas VMUs podem ser plugadas em cada controle, somando oito VMUs por Dreamcast).
Logo que utilizado pela primeira vez, o jogador é solicitado a colocar a data e hora, e então selecionar uma das miniaturas para utilização de fundo da VMU (vários jogos de Dreamcast podem oferecer imagens de fundo diferenciadas para o aparelho). Essa imagem é mostrada enquanto o Dreamcast está na tela de menu operacional de sistema.
Quando o VMU é utilizado independentemente do Dreamcast, o VMU funciona como um gerenciador de arquivos, relógio/calendário (com animações de relógio personalizadas), um e como um console portátil. VMUs podem ser conectados diretamente um com o outro para facilitar a transferência de arquivos, e para jogatina multiplayer.
O VMU funciona com duas baterias CR-2032 de lithium, das quais são colocadas na traseira do VMU, numa tampa fechada por parafusos. Sem a bateria, a VMU ainda pode ser utilizada como um memory card e tela auxiliar, mas não pode jogar os mini-games. Além disso, o VMU sem bateria pode beepar quando o Dreamcast estiver ligado (desde que a VMU esteja conectada num controle de Dreamcast).
10 tops jogos Dreamcast
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Virtua Fighter 3tb
Sakura Taisen 4
Dados Técnicos
CPU: Hitachi SuperH 4 (128-bit RISC) Frequência de clock:200/240Mhz
GPU: NEC PowerVR Series II Frequência de clock:200 MHz
Memória RAM: 28 Megabytes
Mídia: GD-ROM